19 de jan. de 2010

Escritos de Marisa da Silva Bruck

Dez Horas - 9/08/1984

É porque eles não sabem que eu existo.

 

Eu estou aqui.

Olho pela janela.
Penso,fisgando-me no jardim que se exibi através da vidraça.
Que ternura!
Que bom se amanhã ou agora,como por encanto,as flores se abrissem uma a uma, sorrindo
para mim com toda a sua beleza.
Que bom se os pássaros me convidassem para eu participar do seu canto,lá entre os galhos
da árvore.
Que bom se este sol sentisse falta de mim, tanto quanto eu sinto falta dele.
Que bom se a grama verdinha quisesse que eu me deitasse nela e se sentisse
confortada,assim como eu me sentiria muito feliz deitada sobre ela.






A cascata,a borboleta,o arco-íris. Três maravilhas da natureza. Todas elas com suas cores belíssimas,com seus dons de embelezar o universo, de paralisar nossos olhos.
Todas elas impulsionadas pela mão do mistério agem de maneira violenta,agredindo nosso estado de sensibilidade, invadindo nossas emoções,modificando-nos.
Se tudo isso existe,então porque,não nos determos sempre a olharmos para tudo isso,deixando nosso coração alerta para que tudo entre de maneira positiva, assombrosamente fantástica.
A cascata,representando a frescura saudável da pureza;a borboleta,a liberdade colorida de mistérios e encantos e o arco-íris englobando todo o céu,um arco sem flecha, sem agressividades.

FORÇA
Um mundo de sonhos eu comprei e num mundo de sonhos eu vivi.
A esperança é a força melhor que todos nós possuímos, e a base em que sustento todo um amontoado de
conflitos emocionais.
E é nessa base que está a minha esperança, firme,segura e confiante;é nessa base que eu deposito há muito tempo
toda uma vida, em movimento quase maquinal.

SOU TUDO E NADA
Dia livre, sol muito claro, muito quente, mas o vento sempre presente,não deixava que o calor me fizesse sentir mal.
Solta como uma nuvem me sentia.Solta como um pássaro eu me via,ali entre o céu e a terra.
O contato que eu tinha com a terra era feito por intermédio das patas do meu cavalo, que andava tanto ligeiro
como lento,conforme meu modo de querer as coisas.
Sou tanto calma e pensativa,quanto ligeira e entusiasmada. Sou tudo e nada.
Sou a pedra e a relva macia.
Sou o fogo e a água.
Sou o pássaro solto e o pássaro preso na gaiola.
Sou o riso dos apaixonados e a lágrima dos olhos dos que esperam a felicidade.
Sou o eu que sou e o eu que disfarço ser.
Sou todas as coisas que vejo e sinto e não posso ser nada.
Sou a realidade só em sonho,e sou o sonho dentro da realidade.

UM DIA EM ITAPOÃ

Nós sempre passeamos juntos em Itapoá.Sempre aproveitamos ao máximo! Sempre há alguma coisa mais a

conhecer,a descobrir.Mas desta vez,não sei se saberei transmitir: foi maravilhoso demais,foi radiante!

Ainda sinto em minha cabeça o ressoar das patas dos cavalos,o vento falando em nossos ouvidos,contando o que

de novo aquela terra tentava nos ensinar.Passos firmes dos cavalos,nossos corpos soltos,à vontade,em seus

lombos,o sol mostrando até a alma das árvores,dos bichos,da areia e da água ,de tão claro e puro.Nós quatro em

direção ao que nos parecia mais belo,em direção a tudo que é perfeito.

Ainda vejo a estrada,ainda sinto o balanço que o meu cavalo me proporcionava,com seu galope,ora mais, ora
menos ligeiro.
Estou vendo nossos dois filhos. A imagem daquelas figurinhas tão frágeis ao longe, exibindo suas habilidades no
meio da imensidão de espaço e de beleza, chegava até nós como uma explosão de alegria,que nos enchia de
sorrisos, não só os lábios, como também os olhos e, até mesmo, alma.
Não havia uma só parte de nós que não fosse impregnada da felicidade simples daquele momento.
Obrigada,meu amor, por me proporcionares todas essas coisas boas,que existem em toda parte,basta saber
descobri-las e senti-las.
Céu muito azul e claro, o sol a nos queimar, o vento a nos contar o segredo de sua terra, as árvores nos
acompanhando por todo o caminho, purificando nossos pulmões,o canto dos pássaros dizendo que a liberdade
era aquilo mesmo que estávamos vivendo. A água dos riachinhos refrescava tudo em nós,o morro nos indicava
que,lá em cima, o ar era ainda mais puro,mas era o mesmo que estávamos respirando.O solo nos fazia firmes; a areia nos enlevava...
Para nós dois,as nossas crianças formavam um quadro perfeito dentro do ambiente.
Para mim, os três compõem o meu mundo, integrados naquela beleza que é a mesma que trago agora dentro de mim.
NUM INESPERADO MOMENTO...
Num inesperado momento, eu me via ali, já tomada,como sempre, por aquele impulso apaixonado.
Estava galopando, meu pensamento livre, meu corpo solto em meu cavalo,havia árvores,estrada, céu claro, ar que respirávamos com vontade. Foi aí que o vento levantou a poeira, e como uma parede se pôs em minha frente; e o vento e a poeira tocaram meu rosto,deixando uma espécie de segredo e feitiço.
Então, me vi tomada de violente transformação.
Sabem o que eu era? Um pouco selvagem,correndo nua , eu e ele,meu cavalo, porque naquele momento, só importava o conjunto, só importava o que era puro, o que era real, o que era sexo.
Foi em movimento que me vi parada no tempo.

ANTES QUE O DIA CRESÇA
A relva verdinha, lá fora, está úmida, o orvalho da noite deixou seus vestígios, o gado está pastando,os pássaros estão cantando, o céu está claro,límpido. Há em tudo tranqüilidade, sonho, e mais que isso, pureza. Ainda nada se contaminou. O ar é transparente. O seu perfume é agradável.
O vento sopra de leve, deixa em nosso rosto,frescura.
A luz é amena,surge de leve, gradativamente. Nossas pupilas não sofrem à sua presença.
A manhã é criança recém-nascida, inexperiente, suscetível, ignorante ao que lhe possa acontecer.
A manhã é criança despida, que se agasalha com o sol, como a criança com sua mãe.

POR DETRÁS DA MONTANHA
Eu sempre achei o amor a coisa mais sublime, mais maravilhosa, mais tudo,mais tudo aquilo que somos e não somos.
O amor é perfeito, é cego, colorido: como o arco-íris, como as folhas verdes, como a cascatinha dos meus sonhos, imaginação, céu aberto, estrela da manhã.
Ele faz nosso corpo tremer, nosso coração palpitar, nossos olhos brilharem
O amor surge lá de trás daquela montanha ao longe, onde meus olhos quase não alcançam. Meus braços se estendem longos, tão longos na minha imaginação, procurando,desesperados,abraçar algo grandioso, tão grandioso,capaz de iluminar uma escuridão escondida.
Mas o abraço se fecha no vazio.
Ao longe eu o vejo, lá bem atrás daquela montanha.
Já escureceu, a montanha é muito longe; eu tenho medo da escuridão.
Meus olhos estão se fechando lentamente, procurando mais uma vez escapar de tudo, mergulhada em meus sonhos.
Ninguém percebe nada; é noite, é mistura sem gosto de nada; não sinto nada também.
A manhã é outro dia, a manhã é minha amiga, ela é feita de amor puro.
Vou procurar absorve-la, porque sou parecida com ela. Sou uma manhã ainda desconhecida.

DIVAGAÇÕES 23/02/1990
Há em mim um mundo que eu desconheço. Há em mim um mundo que eu não alcanço.
Quanto maior for a vivência de tudo, menos fica ao nosso alcance a compreensão desse tudo.
Quanto mais penso, mais atinjo exatamente o contrário do esperado.
Viver cada minuto como se não existisse o minuto seguinte, é o melhor descanso para o nosso corpo, para o nosso espírito.
O silêncio é o amigo mais sincero da nossa consciência.
Com os olhos brilhando, um sorriso nos lábios e um coração aberto, chegaremos bem longe e sem esforço.
A vida é boa sim. Acho que pensei bem. Agora tem uma coisa: temos que saber olha-la de uma especial maneira.
Só os sábios se apercebem disso.

EU NÃO EXISTO
Meu Deus, por que tanta tristeza dentro de mim, por que tanta angústia?
Eu sou a tristeza que caminha sem rumo.
Eu sou a tristeza que grita baixinho.
Eu sou a tristeza que olha com olhos parados.
Eu sou a tristeza que vive morta.
Eu sou a tristeza cansada de viver.
Passo por chão molhado pelos meus próprios olhos.
Eu sou a vertente de águas tristes e vazias; não servem mais para brotar flores.
Eu era, mas não sou mais.
Eu sou o que eu não sou mais.
Eu não sou mais eu.
Eu não existo.

PROTEGE-ME
Mundo complicado, mundo que não tem fim.
Não te entendo, não entendo mais nada.
Estou numa tremenda confusão.
É demais tudo que vejo diante dos meus olhos, sem eu ter explicações.
Vida, morte, morte,vida...
Não sei mais o que é vida. Não sei também se vida é morte. Não sei se morte é vida.
O que é bom? O que é ruim? Ninguém sabe. Ninguém percebe.
É loucura uma existência?
Onde está o sentido das coisas?
Estou cansada de pensar. Não se encontram explicações nesse mundo de loucos.
Não entendo as pessoas, não entendo o que se passa.
Primeiro tudo é muito simples.
Gradativamente vão surgindo as complicações.
Eu procuro me afastar delas o mais que posso.
Então me acham desligada de tudo.
Mas como é bom ser desligada!
Nós já somos um amontoado de incógnitas.
Para quê trazermos mais dessas eternas incógnitas para dentro de nosso pequeno eu, que já é, desde, ou antes, do nascimento, um ponto de interrogação?
Quero me afastar delas o mais que posso, mas não dá, não sei: aquele eterno jornal na televisão, dizendo coisas horríveis, inacreditáveis, sem vantagens, sem explicações, sem mérito nenhum, e o pior de tudo, sem solução.
Então, fecho meus olhos, fecho meus ouvidos; então eu não vejo e não ouço,mas meu coração tem tudo: olhos, ouvidos, e eu continuo sentindo, vendo e ouvindo.
Meu pequeno príncipe, protege-me. Sou frágil demais para resistir a tanto. Deixa-me ficar na tua redoma. Mas faça uma só para mim, para eu não sentir ciúmes da rosa!
Sou como ela, sensível. Não tenho anticorpos.
Deixa-me ficar para sempre...

DEVANEIO 25/12/1977
Eu estou emocionada porque imagino este cavalo esbelto, amado por mim.
Nele eu voei e me senti um pouco mais alguém.
Não sei se é loucura, mas sempre imaginei coisas belas, que nunca realizo.
Abraço na minha imaginação esta beleza que existe em tudo, mas que eu não posso alcançar.
Sinto agonia quase a ponto de enlouquecer. Não me conformo em somente imaginar.
Estou no macio lombo voador, sinto o pisar firme e o barulho gostoso das patas do cavalo que trago dentro da minha imaginação.
Voei um pouquinho.
Passou. Mas foi bom...

ÀS MINHAS PROFESSORAS DE DANÇA
Tenho até agora vocês guardadas aqui, dentro de mim.
Foi uma coisa muito feliz que me aconteceu: conhece-las.
Lembrem de mim em cada passo de dança que fizerem, porque em todos eu estarei presente, ao menos em pensamento, com o entusiasmo e o carinho que vocês, feiticeiras do ritmo, imprimiram para sempre em minha vida.

GOTAS MORNAS
O orvalho da noite caiu na minha mão: encheu-a de gotas perfumadas de flores, iguais às gotas de meus olhos; guardei-as com carinho em meu coração, como fazem as flores: entre suas pétalas.
Misturam-se ... e das gotas frias do orvalho e das gotas quentes dos meus olhos deslizaram, lavando meu rosto, mornas gotas de esperança.

QUERO SER UMA BOBOLETA
A borboleta voou sem rodeios e pousou na minha sensibilidade.
Deixou-me desconcertante, louca, sem limites,
sem preocupação com o que pudessem pensar a meu respeito.
Não somos nós mesmos, por causa dos preconceitos?
Quero aprimorar o que há dentro de mim e que está escondido.
Guardo sim, na verdade um passado de coisas velhas, que vem à tona aos borbotões.
Ah! Essas sim quero esmaga-las: é o passado, é o que já passou, é a larva.
E eu sinto que não posso ser simplesmente essa larva que intimamente me considero.
Uma larva que, por não crer em sua própria capacidade, tem medo de se pôr às claras, se escondendo no comodismo da falta de iniciativa.
Um mundo muito grande está à minha espera, e eu estou aqui sentada.
Vou convidar a borboleta sem rodeios, sem rodeios também.
Juntas voaremos com nossas asas coloridas, colorindo os céus.
Serei somente uma borboleta a mais na imensidão do espaço, mas serei uma borboleta.

O CAMINHÃO DE LIXO
Eu não sei se isso é gozação,se é falta de cabeça, se é enfeite moderno de rua.
Eu só sei que explicação não tem, nem pode ter.
Imaginem só: de manhã cedo, enquanto ainda o ar não está poluído, um caminhão de lixo, como se fosse um carro alegórico, desfila pelas ruas, com seu ar infantil, recebendo latas de aplausos, que o vento inconscientemente, retribui e espalha pelos lugares onde passa.

EU GOSTARIA QUE...UTOPIA

Eu gostaria que o céu estivesse sempre azul, as águas fossem sempre calmas, com muito segredo e mistério escondido nas suas profundezas.
A terra sempre fértil, com cheiro de mato selvagem.
O ar puro como é sempre na madrugada.
Os animais todos, nossos amigos.
Os homens igualmente.
As árvores com suas copas sempre acolhedoras.
As casas nosso refúgio mais agradável, o nosso ninho confortável e aquecedor.
As flores sempre como se estivessem sorrindo para nós e nós para elas.
O nosso sorriso sempre desabrochando nos nossos lábios.
Os nossos braços como se fossem tão grandes que abraçassem o mundo.
Nossas mãos estendidas para proteger.
Nosso coração aberto.
E nossa voz suave, melodiosa, cantasse uma cantiga de ninar que ao mesmo tempo adormecesse o egoísmo e despertasse o amor.

O MEU CAVALO
O meu cavalo se foi.
Não vi, não sei como, não sei porque.
Só sei que era o meu cavalo, e agora, de repente, é só uma saudade.
Ele era carinhoso, manso, bonito, esbelto, tostado e saltava muito bem.
Com ele aprendi a me arriscar, a ter medo, mas vence-lo.
E com isso, e com ele, ganhei o que nós mais desejamos: confiança.
Ah! Meu amigo velho que eu não esqueço. Como eu te amava e admirava. Aqueles passeios...e aqueles saltos que me deixavam tão feliz.
Quanta coisa não esquecida.
Quantas vezes voamos juntos, integrados como se eu fizesse parte de ti, Muitas vezes nós dois éramos um.
Eu te comandava, mas também quanta coisa me ensinaste.
Quantas coisas passadas...
Sinto muito, meu cavalo querido, sinto muito mesmo.
Eu não te vi morrer. Por que eu não estava contigo, justamente quando mais precisavas de mim?
Talvez, quem sabe, assim tenha sido melhor, e, na minha lembrança, permanecerás sempre cheio de vida.

SONHO
Presa em meus sentimentos.
Presa em meus desencontros.
Eu passo a vida num eterno encontrar.
Pedaços do sonho
Lembranças do sonho
A respeito do desenho rasgado (do sonho)
Pedaços partidos do desenho
Pedaços soltos, sem valor, juntos, formam um todo
diferente: todo beleza.

DESABAFO 1º/01/1990
Que maneira estranha de amar, amar agredindo.
Que maneira estranha de amar, amar prejudicando a todos.
Nós somos frágeis criaturas de Deus, com erros, defeitos e imperfeições.
Nós todos temos sentimentos, somos sensíveis e sofremos.
Nós temos olhos e enxergamos, por isso, nós podemos ser melhores.
Do que adianta, construir um castelo lindo, bem alto, com muito carinho, e depois, desmorona-lo, com um simples toque.
Se ele estava construído, o mais a fazer, era aprimora-lo e nele viver em paz.
Estou me sentindo infeliz, e sei, que tosos nós, estamos sofrendo muito.
Porque eu amo demais vocês, é que estou desabafando, para ver, se consigo com todo o meu amor, ajudar em alguma coisa.
Estamos todos sufocados, no meio desse desmoronamento.
Que maneira estranha de amar.
Perdão, por fazer vocês sofrerem.
Será que nós falhamos não ensinando, com carinho, o valor verdadeiro de tudo?
Quero consertar o que fiz de errado. Estou tão triste.
Pareço desanimada, boiando no meio de tanta lágrima.
Mas uma mãe e um pai, sempre arranjam forças, não sei da onde, para fazer o que for preciso.
É a força do amor que temos por vocês.
Queremos ser tão grandes, que vocês tenham vontade de expor seus problemas e recorrerem a nós.

Não vou enterrar meu corpo vivo como se fosse o ano que se findou. Nele, quero que se vão todas as coisas velhas e sem gosto, todas as doenças, todas as angústias.
Não quero ficar calada quando me magoarem. Não quero assistir sempre e sempre
contradições, quando na verdade, a minha pessoa é grande e verdadeira.
Quero que esse ano seja especial. Um ano feito de coisas simples, mas sinceras.
Um ano que começa com a chuva molhando e hidratando a terra.
Quero que a minha alma seja também lavada por essa chuva, que assim como a terra brotaria mais perfeita depois dessa purificação.

COMO UM PASSE DE MÁGICA Domingo,10/04/1994
De repente, me vejo aqui em Canasvieiras.
Tudo lindo, tudo simplesmente maravilhoso.
Às vezes, tenho vontade de sair andando por essa praia e não parar mais.
Respirar esse ar puro e nada mais.
Olhar o mar verde ou azul e transparente, fixar os olhos nessa imensidão de beleza e nada mais.
Caminhar por entre as águas, encontrar um peixe azul, e abraçada com ele ir nadando até as profundezas desse mar.
Lá, descobrirei os seus mistérios.
Vou conhecer outros peixes e suas vidas e esquecerei a minha.
Não quero mais senti-la. Passarei a resolver outros problemas e esquecerei dos meus.

TAMBÉM FOI UM POUQUINHO MEU, AQUELE CAVALO
Você já amou alguém? Já amou alguma coisa? Já amou, enfim?
Pois é, é isso aí, exatamente isso que eu quero dizer, amor? Tudo aquilo que nos proporciona uma sensação de bem estar, tudo aquilo que envolve as pessoas sensíveis.
Nesse ponto eu paro; eu desperto, eu levanto, eu sinto, eu vejo, com todos os meus sentidos; não que eu não tivesse me apercebido antes, eu sempre percebi, mas hoje foi diferente.
Só aquela vontade imensa que eu tenho de transmitir aos outros o que eu sinto, já é uma forma de amor.
Pois é, é isso aí, hoje eu te conheci melhor, meu Macanudo querido. Eu te amei. Não sei se eu mereço tanto.

MEUS FILHOS: REJANE E RÓGER
Eu sei que talvez para vocês eu não tenha sido a mãe sempre maravilhosa que vocês gostariam que eu fosse. Os pais, tanto o papai como a mamãe, têm defeitos como todo mundo, mas sempre, pelo amor que nós dedicamos a vocês, procuramos fazer o melhor, dar de nós uma parte muita querida, que é o nosso coração cheio de carinho e uma abertura total.
Desculpa, se está havendo incompreensão de minha parte para com vocês. Procurarei melhorar cada vez mais, porque eu amo vocês, meus filhos.
Neste Natal, Cristo está mais presente nesta casa, eu sinto isto. Que junto à comemoração do nascimento Dele, venha para nós o surgimento de coisas novas, boas, reais, verdadeiras...
A Mamãe.

COMPASSO
A areia do tempo
Que dança no vento
A roda que gira
Na roda do tempo

O tempo que passa

Na dança das horas.

3 comentários:

  1. INCRIVÈLMENTE-D O C E -T E R N O -R A D I A N T E...MARISA QUERIDA,MINHA IRMÃ DE FÉ,MINHAIRMÃ DE LUTA,DE CONQUISTA,DE CORAGEM.TE ADORO.TUAS MISSIVAS SÃO LINDAS,TRISTES,MAS SAUDOSAS DE UM PASSADO SEM FIM.CONTINUA MANA,NÃO PARA NO TEMPO,EXTRAVASSA TUA SAUDADE,O TEU MUNDO,A TUA VIVENCIA NESSE MUNDÃO MARAVILHOSO.TE A M O.TUA IRMÃ CAÇULA.MARILENE.APROVEITO PARA APRESENTAR MEU BLOG - FROESPEREIRA.BLOGSPOT.COM

    ResponderExcluir
  2. Olá Marilene! Concordo contigo: são escritos delicados e saudosos...às vezes triste. Vou mostrar a ela o que escreveste sobre seus escritos. Vou também reapresentar teu BLOG a ela! Beijos!

    ResponderExcluir
  3. Que lindo! É da tua mãe?

    ResponderExcluir