29 de jan. de 2012

Dia da Visibilidade Trans

Hoje: 29 de Janeiro, é o Dia da Visibilidade Trans que  tem o objetivo de ressaltar a importância da diversidade e respeito para o Movimento Trans, representado por travestis, transexuais e transgêneros.

Transexualidade, dito de forma bastante simplificada, é a condição considerada pela OMS como um tipo de transtorno de identidade de gênero, na França, entretanto, deixou de ser considerada como Transtorno mental em 2010.
Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente a designado no nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.

A grande maioria dessas pessoas busca seus direitos básicos e fundamentais como o direito a ser chamada e reconhecida legalmente pelo seu nome social, além da luta para não ser discriminada ou agredida física ou verbalmente pela sociedade. Segundo dados da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), 85% das transexuais e travestis já sofreram algum tipo de violência. 'O direito à diferença nada mais é do que a efetivação dos direitos à igualdade e à liberdade.' 

A sociedade delimita papéis tomando como base o sexo jurídico para daí construir um sexo social. Este, por sua vez, decorre da educação familiar e social que a criança receber de acordo com seu sexo jurídico. Nas sociedades ocidentais, o protótipo de normalidade traçado para os papéis sexuais é o do heterossexual. Analisando-se a Constituição pátria, identifica-se uma violação ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, obrigar um individuo a carregar um nome que não condiz com seu estado físico-psíquico. Vale ressaltar, que um autêntico Estado Democrático de Direito reconhece, respeita e faz cumprir todos os direitos dos seus cidadãos, inclusive, o direito a uma nova identidade sexual.”(6)

Sugestões de livros sobre o tema

- Viagem Solitária – João W. Nery =  É a história do primeiro transexual masculino a operar-se no Brasil. Uma frase dita no prefácio desse livro expressa um pouco o sentimento que se tem ao lê-lo: “Leiam-no e humanizem-se”



- ‘Corpo Gênero e Sexualidade, um debate contemporâneo na educação’ – Guacira Louro = não trata propriamente da transexualidade mas, faz uma análise crítica sobre os corpos feminino e masculino e a representação deles na sociedade; discute o fato de os valores serem transmitidos através da mídia e de diferentes espaços sociais que  influenciam o comportamento e o desejo das pessoas, assim como os jogos de poder que definem o que seja um corpo saudável, bonito, decente, etc. “[...] a diferença, mais do que tolerada ou respeitada deve ser colocada permanentemente em questão”

                                     Sugestões de vídeos interessantes

Entrevista: João W. Nery (transexual masculino) – De frente com a Gabi

Documentário: Meu Eu secreto (crianças 'Trans')


Por favor, caso encontrem alguma informação ou termo que não corresponda à realidade atual, corrijam-me.


Fontes consultadas:
  1. http://blogueirasfeministas.com/2012/01/chamada-blogagem-coletiva-visibilidade-trans/
  2. http://dykerama.uol.com.br/src/?mI=1&cID=54&iID=457&nome=Dia_da_Visibilidade_Trans
  3. http://blocodoclovis.blogspot.com/2012/01/dia-29-de-janeiro-dia-da-visibilidade.html
  4. http://pt.scribd.com/doc/52001003/11/DIREITOS-DOS-HOMOSSEXUAIS-E-TRANSSEXUAIS
  5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Transexualidade
  6. http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1946












21 de jan. de 2012

Minha família 'diversidade'

Venho de uma família bastante heterogênea. Tenho parentes pobres e ricos, ultra conservadores e ultra liberais, evangélicos, pastores e ateus.  Minha madrinha e meu padrinho de batismo são homossexuais e agnósticos. Minha madrinha de crisma é hétero e religiosa fervorosa.

Todos tratam-se com cordialidade e na sua maioria tem bons sentimentos. Mas apesar desse bom caráter noto uma espécie de ‘pseudo-respeito’ ou preconceito por parte dos mais conservadores para com os mais ‘liberais’, digamos assim.

Falo em pseudo-respeito pois acredito que respeitar o outro não seja apenas “falar educadamente” com ele mas, sim, aceitar os seus direitos. É como aquela conhecida frase: “não tenho nada contra negros (ou gays ou ateus) mas nego-lhes o direito.” Sei que eu não preciso ser negra ou gay ou ateu ou deficiente físico para  conhecer e lutar por seus direitos. Reconheço todos os seres humanos como iguais em suas diferenças e não acredito que ninguém seja melhor ou pior do que o outro pelo simples fato de ser religioso ou hétero ou por não ter deficiência física, por exemplo.

Quando percebo pessoas boas, de boa índole e bom coração agindo dessa forma preconceituosa e achando normal que os direitos sejam apenas de alguns, lembro de uma frase que li uma vez na Internet: “Pessoas boas farão coisas boas e pessoas ruins farão coisas ruins. Mas para pessoas boas fazerem coisas ruins é preciso religião.” Isso porque a única explicação para esse pensamento discriminatório são alguns dos ensinamentos vindos de certas religiões ou da bíblia.

É só uma constatação e um desabafo! (Pronto, falei!)

15 de jan. de 2012

Viagem Solitária

Recentemente li e recomendo o livro: Viagem Solitária de João W. Nery. É a história do primeiro transexual masculino a operar-se no Brasil.

 Mesmo já conhecendo o tema transexualidade e sabendo (superficialmente, claro!) de alguns casos é, somente quando se lê a história de João, com seus dramas, medos, desejos, lutas e conquistas que se é capaz de sentir um pouco do que seja, realmente, a transexualidade e o transexual e admirar sua coragem e sua determinação. Coragem em assumir sua essência, seu eu verdadeiro, autêntico e sua  determinação em lutar em prol de sua felicidade, de sua realização.

É enquanto se lê o livro que se é capaz de olhar para as pessoas e ver o ser humano antes de qualquer conceito. É muito difícil explicar o que senti mas talvez a frase dita no prefácio desse livro consiga expressar um pouco:  “Leiam-no e humanizem-se”