24 de jun. de 2011

Criatividade com números


Aqui, mais duas sugestões de atividades envolvendo os números de forma criativa e divertida. Uma boa forma de apresentar a matemática: divertida, lúdica, envolvente.

I. Qual a tua idade?

Podemos adivinhar a idade de uma pessoa pedindo-lhe que realize os seguintes cálculos:
1º Escrever um número de dois algarismos.
2º Multiplicar o número escrito por dois.
3º Somar cinco unidades ao produto obtido.
4º Multiplicar esta soma por cinqüenta
5º Somar ao produto o número 1759.
6º Subtrair o ano do nascimento. 

O resultado que se obtém é um número de quatro algarismos: abcd.
* Os dois algarismos da direita, que correspondem às dezenas e às unidades, indicam a idade da pessoa e;
* Os dois algarismos da esquerda, que correspondem às centenas e aos milhares, indicam o número que a pessoa havia pensado.

Obs: 1759 + 250 = 2009 (ano em que estamos!)


    II. Adivinhação com lógica

1.Pense num número natural de um a nove;
2. Multiplique esse número por nove;
3. Some os dois algarismos do número obtido;
4. Some 7 ao resultado da soma anterior;
5. Divida por 4 o resultado dessa nova soma;
6. Imaginando sequencialmente, cada letra do alfabeto, associada a um número natural, (a=1; 2=b...) transforme o resultado anterior na letra correspondente.
7. Escreva o nome de um país da Europa iniciado pela letra encontrada.

Uma colinha pra ajudar = Países da Europa:
1.      Austrália          7. Finlândia                 13.Mônaco               
2.      Bélgica             8. França                    14. Noruega              
3.      Bulgária            9. Grécia                     15. Portugal
4.      Croácia            10. Hungria                 16. Rússia
5.      Dinamarca       11. Itália                       17. Suíça
6.      Espanha           12. Luxemburgo       18. Turquia

19. Ucrânia              20. Vaticano

8.      Agora procure a quinta letra desse país.
9.      Escolha agora, dentre os animais abaixo,  um que comece com a letra encontrada no item anterior.
*cavalo, *elefante, *leão, *macaco, *girafa, *pato, *dinossauro, *anta, *baleia, *foca, *hipopótamo, *jacaré, *porco, *rato, *sapo

10. Agora deixe anotado o nome do país e do animal encontrado e.... uma observação:
“Sabia que na Dinamarca existe macaco?

Justificando:

1. Se a pessoa pensou num número qualquer de um a nove, ao multiplicá-lo por 9 terá um múltiplo de 9, até 81
2. Quando ela somar os dois algarismo do resultado anterior, encontrará sempre 9
3. Ao somar 7 com o resultado anterior, sempre irá obter o resultado igual a 16
4. Ao dividir 16 por 4, vai sempre encontrar 4, que representa a letra D.
5. O único país da Europa com a letra D é a Dinamarca
6. Portanto...



Fontes consultas:
http://www.magiadamatematica.com/diversos/curiosidades/02-teste2-pdf
http://www.webartigos.com/articles/11598/1/utilizando-curiosidades-e-jogos-matematicos-em-sala-de-aula/pagina1.htm1

 

17 de jun. de 2011

Autismo



O que é o autismo?
É um distúrbio do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o raciocínio.
É uma disfunção do cérebro, em que o comportamento social, a capacidade de comunicação e a faculdade de raciocínio não se desenvolvem normalmente.

Algumas características:
* Ausência de reação;
* Insistência na repetição;
* Super reação a certas sensações e uma sub- reação a outras;
* Talento musical:
* Graciosidade;
* Fascinação mecânica;
*  dificuldade no desenvolvimento da fala

Dicas para ensinar crianças autistas:
* Mantenha uma atitude positiva
* Ajudem a criança a alcançar o maior grau de independência possível
* Converse de modo inteligente com a criança
* Converse com os pais sobre os desafios que eles enfrentam e elogie seus esforços
* Participe em atividades com os pais e as famílias de crianças com necessidades especiais
* Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos.
* A introdução sensória pelo balanço algumas vezes ajuda a melhorar a fala.

Outras dicas:
* Algumas crianças e adultos não verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual.
* Em crianças mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiável. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas.
* Evite instruções verbais longas
* Muitas crianças com autismo são boas desenhistas, artistas e programadoras de computador. Esse tipo de talento pode ser encorajado, dando ênfase nesses talentos.
* Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-la como motivos de trabalhos escolares. 





FONTES CONSULTADAS:

Revista Super Nanny ano 2 número 13. p. 34 a 41
Revista Época – junho/2007
BAPTISTA, Cláudio Roberto; BOSA, Cleonice. Autismo e Educação: reflexões e propostas de intervenção. Editora Artmed, Porto Alegre, 2002



Preconceitos: os monstrinhos invisíveis


Reza a lenda que Calorias são seres minúsculos praticamente invisíveis, que se escodem nos armários e trabalham a noite toda, apertando as roupas.
Os Preconceitos são seres com características semelhantes de tamanho e invisibilidade, que formam uma família grande, com outro traço em comum: a violência, moral ou física.

Alguns Preconceitos circulam livremente à luz do sol, pois não têm medo de serem vistos. Acham que têm razão e por isso se mostram. São truculentos e valentões. Massacram quem não concorda com seus pontos de vista, pois não têm argumentos que resistam à reflexão ou à comprovação. Reproduzem-se de forma exuberante especialmente em algumas épocas da História, em diferentes lugares. Basta lembrar da prima Eugenia, que reinou absoluta na Alemanha nazista, nos primos Apartheid da África do Sul, nos diversos momentos de escravidão, que se apoiaram no ramo do Racismo. A geração mais jovem, os Bullying, está na crista da onda; mas, na verdade, eles estão por aí desde sempre, só modernizaram seu nome e estão mais conhecidos.

Outros Preconceitos, mais próximos das Calorias, se escondem em locais escuros e improváveis. São mestres do disfarce. Parecem inocentes e têm cara de bonzinho, o que dificulta sua identificação. Lembram o Gato do Shrek, que tem aquele olhar meigo, carente...e de repente mostra as garras. É difícil identificá-los e desmascará-los. Estão em toda a parte, mas têm predileção por escolas e empresas, por conta das mudanças sociais. Assumem diversas identidades, da sutil à declarada. Recentemente um Preconceito foi detectado em uma escola, que recebeu uma criança com síndrome de Down e, um belo dia, soltou um flato, coisa que ocorre com todos nós. Mas o Preconceito estava ligadão e não ia perder esta oportunidade de ouro! Fez as professoras ligarem para a mãe, que saiu correndo de seu trabalho, passou em casa para pegar uma muda limpa de roupas e voou para a escola. Chegando lá, viu seu filho feliz e brincando: tinha sido só um flato, sem maiores conseqüências. Se fosse outra criança, sem deficiência, o Preconceito não teria esta oportunidade e não ficaria tão satisfeito consigo mesmo.

Alguns Preconceitos são musicais e podem ser encontrados em marchinhas de Carnaval (“Eu sou o pirata da perna de pau, do olho de vidro, da cara de mau”) ou em sambas (“Nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia”, “Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”, “Como a cor não pega, mulata, mulata quero teu amor”) e outros. Este é um ramo da família extremamente resistente, pois fica na cabeça das pessoas, que saem cantarolando e os reproduzem, sem serem percebidos.

Outro ramo da família dos Preconceitos estabeleceu no Reino da Carochinha, onde o diferente, o que não é como todos mora no coração da floresta, como os 7 anões, que formam uma comunidade fechada e desconhecida. Alguns são malvados, como o Capitão Gancho. No Reino da Literatura Clássica o disforme, o que-não-é-como-os outros também vive escondido e envergonhado, como o Corcunda de Notre Dame ou o Fantasma da Ópera. Ou é um ser amargo e atormentado, como o Capitão Ahab, que persegue Moby Dick incessantemente, considerando-a culpada por ter ficado sem sua perna.

Paula Maciel, da Argentina, é especialista em um grupo de Preconceitos, as “frases assassinas”, que recebem este nome por seu poder de imobilizar as pessoas e inviabilizar ações, matando-as antes que nasçam. “Falei que não ia dar certo”, “É melhor não mudar”, “Não temos recursos” são dignos e eficientes representantes da família.

Como o Preconceito começou?

Segundo alguns estudiosos, ele está conosco desde o início da Humanidade. Entendem que ele teve um papel fundamental para garantir nossa sobrevivência, enquanto espécie.
O que é o pré-conceito?

É a capacidade de formar juízos (conceitos) e tomar decisões muito rapidamente. Imagine um grupo de homínidas à procura de alimento em um ambiente hostil. Estão famintos e encontram um fruto. É preciso decidir: é de comer? É venenoso? Come com a casca? E o caroço? Parece com outro que já comeu? Se sim, como se sentiu depois? Se não decidir e agir rapidamente, o outro rouba o fruto – ou continua com fome.

Situações semelhantes aconteciam quando o grupo se deparava com outro grupo de homínidas ou com um animal.

Assim, o ser humano desenvolveu a habilidade de criar classificações e aplicá-las imediatamente.                                                                                                                                                
Os tempos mudaram, mas o ser humano conservou esta capacidade, que já não é útil para a sobrevivência. As pessoas continuam a ser classificadas: gordos são alegres e gostam de contar piada; negros gostam de samba e futebol; surdos são irritadiços; loiras são burras. Estas classificações são perversas: como que colocam um espelho na frente das pessoas rotuladas e dizem: “Você é isso”. “Esperamos que faça isso ou aquilo”.




Estas expectativas são moldes, que limitam as pessoas, seus talentos e habilidades. Restringem o nosso olhar e procuram restringir o olhar da própria pessoa, que muitas vezes acredita que só é aquilo que a sociedade diz, só vê o que o espelho mostra.

Como acabar com a família dos Preconceitos?

É mais difícil do que acabar com as Calorias. Estas requerem mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos, na maioria das vezes. Contra os Preconceitos é preciso jogar a luz da Informação sobre eles, que não a toleram e saem desabalados. Assim, abrem caminho para que a Inclusão chegue e ocupe o espaço onde eles estavam.

Se eles vão voltar?

Sem dúvida nenhuma, muitas e muitas vezes. São resistentes e teimosos, estes monstrinhos. Afinal, por muitos anos ficaram no “bem bom”, tendo do bom e do melhor. E os seres humanos, seus hospedeiros, também resistem às mudanças, pois mudar dá trabalho.

Porém, uma coisa é certa: a cada vez que a Informação os ilumina e os desmascara, eles se enfraquecem e a Inclusão conquista mais adeptos e espaços.

Até que um dia....





Escrito por Marta Gil: socióloga, consultora na área da Deficiência e Coordenadora Executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas